Divos e divas da música – Boleros

Essa música aparentemente de fossa ou sofrência (como no gênero sertanejo) se apresenta carregada de sentimentalismos. Da sofrência até a declaração do mais puro sentimento de amor, sempre foi a música dos amantes, aqueles mesmos “Que vivem pelos bares e mesmo certos vão pedir perdão. Que passam a noite em claro e conhecem o gosto raro de amar sem medo de outra desilusão” conforme disse nosso genial Vander Lee.

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Nossa playlist de hoje trás composições e versões brasileiras de boleros interpretados por grandes nomes da nossa música. Com essa playlist podemos até nos atrever a dizer que a pista de dança da sua festa não tem a menor chance de ficar vazia.

Clique aqui e ouça a playlist boleros!

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A origem do bolero é, como de outros ritmos, controversa.
Em algumas fontes encontra-se que é oriundo exclusivamente da Espanha; em outras, da cultura românica, árabe e espanhola.
Na literatura disponível considera-se que a Espanha foi foco de irradiação cultural para o mundo latino nos séculos XVII e XVIII e que o ritmo e a dança teriam vindo para América, especialmente Cuba, se fusionado com ritmos africanos e a partir daí se disseminado, abrangendo do México à Argentina, incluindo o Brasil e tornando-se um patrimônio coletivo. Sabe-se que o bolero influenciou o mambo, o cha cha cha e a salsa.

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No Rio de Janeiro o bolero sofreu influências do tango, incorporando giros, caminhadas e fazendo com que os pares deslizassem pelo salão. “Então, quando o cavalheiro começou a sair da frente da dama e a fazer trocadilhos, cruzados e outras variações, o bolero estiliza-se e transforma-se numa dança muito mais atraente e criativa”, explica o professor de dança de salão do Rio de Janeiro, Mauro Lima.

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A base para se dançar o bolero é o dois prá lá, dois prá cá. Porém há diferenças regionais: “Em São Paulo, até o início da década de 90, o passo inicial ensinado por algumas escolas era o um prá lá, dois prá cá.

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Na época em que o samba de gafieira começava a invadir as pistas de dança paulistas, o bolero estilizado e o soltinho vieram de carona. As pessoas que já dançavam bolero em São Paulo chamavam esta nova forma de dançar de bolero carioca.

Até hoje o ritmo continua se modificando e assim como no samba, em um piscar de olhos, ou melhor, em um insigth de criatividade e talento musical, outros ritmos podem se transformar em bolero ganhando cada vez mais adeptos interessados em dançar ao som suave e fortemente sentimental das músicas.

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